domingo, 15 de novembro de 2009

Pedalando na Adolescência - Betim - Dois Avisos

Usava muito a bike como meio de transporte: ir para o colégio, casa de amigos, fazer compras, enfim, um meio barato e prático para me locomover.

Nessa época, gostava muito de pegar carona em ônibus, caminhões e caminhonetes. Às vezes segurava com a mão, outras com o pé. Era muito arriscado, mas também muito emocionante e ajudava a economizar esforços :). O local mais perigoso e emocionante era no final de uma subida, na BR-381 e que virava uma reta quase plana, passando por um viaduto. Os caminhões atingiam fácil os 80 km/h no final deste trecho. E, quando eu pegava carona, também! :) Graças a Deus nunca aconteceu nada!

Posso dizer que tive dois avisos, sendo que o segundo me fez de fato mudar minha forma de dirigir (pilotar?) a bike.

A rua que passava em frente minha casa, na direção de quem ia para o centro, era uma descida que começava suave e ficava bem forte no final. Normalmente, quando ia nesta direção, ao final da rua, virava à direita e depois à esquerda, inclinando a bike, como os pilotos de motos de corrida e, geralmente, sem freiar! Detalhe: neste trecho que eu passava após o final da minha rua, era uma outra rua de asfalto, por onde regularmente passavam carros.

Numa tarde, ao chegar ao final da rua, embalado, deitei o corpo para fazer a curva à direita e vi um carro que estava vindo na outra rua em sentido contrário. Quando ele me viu, para minha sorte, estava em baixa velocidade e parou o carro. Eu não tinha muito o que fazer. A colisão era inevitável e certamente iria "atropelar" o carro. Voltei a bike para a posição vertical, fiquei em pé e me lembro de colidir com carro. Em seguida, lembro-me de estar sentado e chegando ao meu lado o motorista do veículo. Não sei como foi que caí. Acho que dei uma pirueta antes de chegar ao chão e cair sentado.

O motorista me perguntou se estava tudo bem, se tinha me machucado ou mesmo fraturado alguma parte. Minha canela doía bastante e sangrava um pouco, mas nada insuportável. Falei que estava tudo bem e agradeci pela preocupação e por ter parado o veículo. Ele, preocupado, decidiu que me levaria em casa. Colocou minha bike no porta malas e fomos embora.

Ao chegar na minha casa, contou o ocorrido para minha mãe e se prontificou para poder ajudar, caso fosse necessário. Graças a Deus nada de grave aconteceu. Ah! A única coisa que sofreu danos foi a placa dianteira do carro, onde provavelmente o pedal da bike bateu.

Este foi o primeiro aviso, mas não o suficiente para mudar meu jeito de pedalar. Exceto na descida de casa, que comecei a freiar no final dela, depois disto.

O outro aviso deixo para uma próxima postagem.

Pedalei!

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