quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Bicicross - Etapa Final

A última etapa do campeonato mineiro ocorreu na pista do Mineirinho, em Belo Horizonte. Pista muito técnica e boa para se correr.

Estava em sétimo no campeonato e teria que marcar pelo menos 3 pontos para ficar em sexto. Para 'melhorar' minha situação, nas baterias de classificação para a final, fiquei junto com o líder do campeonato e o vice-líder, meu colega de equipe, conhecido como Chocolate. Teria que superar um dos dois para ir à final e conseguir marcar pontos.

Na primeira das três baterias que disputaríamos, ao disputar a primeira curva, fui fechado por um competidor e tive que abrir a trajetória o que acabou jogando para fora da pista o líder e outro concorrente. Comecei a pedalar forte, pois estava em segundo e, se conseguisse chegar em primeiro, certamente iria me classificar. Neste momento, o Chocolate, que estava em primeiro, diminuiu o ritmo, me mandou ultrapassá-lo e ficou falando para que eu acelerasse e pedalasse mais forte, para chegarmos nas duas primeiras colocações. Conseguimos! Eu em primeiro, ele em segundo e o líder em quarto.

Não prezado leitor, o Chocolate não estava fazendo jogo de equipe ou mesmo me retribuindo algum favor. Era simplesmente estratégia. Para ser campeão, ele precisava, no mínimo, ficar em segundo nesta última etapa, desde que o líder não marcasse ponto. Se nós dois classificássemos, metade do trabalho estaria pronto, com o líder ficando de fora da final.

Ao final da terceira bateria, nosso objetivo tinha sido conquistado. Nos classificamos. Entretanto, o líder não tinha percebido nossa estratégia, pois achava que ele tinha se classificado e eu tinha ficado de fora. Ao contar-lhe o resultado da primeira bateria, que ele acreditava ter sido vencida pelo Chocolate, ele compreendeu tudo e 'a ficha caiu'. Mudou instantaneamente de um semblante feliz para uma cara de choro e disparou a chorar. Me afastei dele e comecei a rir da cena ocorrida. Me sentia vingado pela estória que ele tinha inventado sobre mim na etapa de Ipatinga. Relatei o ocorrido para meu colega. Ele também riu, pois seu plano estava dando certo e tinha chances reais de ser campeão.

Nas baterias finais, o líder ficou próximo à pista, sentado e chorando. Nem observava as corridas.

Apesar de termos nos esforçado ao máximo, não conseguimos atingir nossos objetivos finais. Eu conquistei somente 2 pontos e o Chocolate não conseguiu uma boa colocação, ficando como vice campeão. Ao saber que tinha sido o campeão mineiro, o líder abriu um sorriso iluminado e estampou no seu rosto aquele ditado: "Quem ri por último, ri melhor!"

Pedalei!

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