Estátua de São José que fica na beira mar continental |
Preparativos
Meia hora antes do horário da largada já estava no ponto de partida, próximo à estátua de São José. Encontrei vários bikers, cumprimentando alguns, papeando com outros enquanto aguardava a largada.
Antes da largada |
Às oito da manhã foram passados uns avisos e logo em seguida um padre orou e abençoou os ciclistas que iriam participar do 2o. Revezamento dos Caminhos da Fé.
Primeiro Trecho - Largada
Cerca de 8:15 soou a sirene da largada neutralizada. A Guarda Municipal e a Polícia Militar foram à frente dos ciclistas durante cerca de 6 km, até chegarmos à SC-407, onde de fato a competição começou, com os competidores liberados para irem no ritmo desejado.
Este trecho inicial era de paralelepípedos. Mesmo assim, o ritmo dos bikers era bem forte, como se estivessem no asfalto. Consegui me manter junto com o pelotão da frente até a parte do asfalto, quando os líderes começaram a escapar. Já no início, meu ciclocomputador não funcionava corretamente e quase parou durante a prova.
Fui mantendo minha pedalada e ultrapassando alguns, sendo ultrapassado por outros, até ficar junto com mais três que seguiam num ritmo parecido. No primeiro ponto de troca (P1) de ciclista (para quem competia na modalidade quarteto, em São Pedro de Alcântara, ainda vi uma parte do grupamento que liderava, mas já não consegui acompanhar os bikers que eu estava junto. Este primeiro trecho foi bem puxado, com muitas subidas e o percurso sem estrada de terra. O sol já castigava bem e nos acompanhou até o final da competição.
Segundo Trecho - Probleminhas
O próximo ponto de troca ficava em Betânia (comunidade de Angelina) e o percurso era basicamente em estrada de terra e com muita subida. Na primeira delas eu consegui chegar perto dos ciclistas que estava acompanhando, mas não cheguei a ultrapassá-los. Neste percurso consegui manter uma boa média, mas tive que parar a bike duas vezes em virtude de problema com a peça que passa as marchas da coroa, me fazendo perder tempo e quebrando o ritmo da pedalada. Destaque para a paisagem deste trecho (que é muito linda), para as subidonas intermináveis e também um trecho de descida bem forte, que exigia bastante cuidado por parte dos ciclistas.
Terceiro Trecho - Grandes problemas
Passei pelo P2 em Betânia atrás de um biker que estava bem veloz nas descidas. Consegui acompanhá-lo por um bom tempo, até que ele se distanciou. Mais uma vez tive problema com o passador de marchas. Desta vez não perdi muito tempo, mas tive que novamente parar a bike. Dois bikers passaram por mim e comecei a seguí-los, mas acabaram se distanciando em um trecho de descidas. No entanto, ao chegar à subida forte de quase 2 km, ultrapassei-os e também alguns outros. Após chegar ao topo, veio uma descida alucinante, com muitas curvas perigosas em um terreno de terra e britas. Por pouco, no final, eu não caí em uma delas, tendo que controlar uma derrapada para conseguir ficar sobre a bike.
Biker amigo que arrumou a câmara |
Passado este trecho de descida, vieram os paralelepípedos, já na área urbana de Major Gercino e, com eles, a transformação da minha corrida: de competição para apenas um passeio com o objetivo de conseguir chegar. Isto porque o pneu traseiro furou logo no início deste trecho. Levei uns 10 min para trocá-lo, enquanto via vários competidores passando por mim. Montei o pneu e decidi que tentaria pedalar mais forte, para tentar recuperar o tempo perdido. Foi quando, passado uns 200 m, percebi que o mesmo pneu traseiro estava novamente furado. Iniciei a troca, mas, desta vez, tinha outro problema: não tinha estepe. Além de perder mais uns 5 min retirando o pneu, ainda fiquei aguardando algum biker caridoso que me emprestasse uma câmara. E, para minha felicidade, após alguns minutos, quando vários já tinham passado sem parar, um biker amigo parou e me emprestou a câmara, indo embora logo em seguida.
Coloquei o pneu e finalizei a troca, partindo com disposição semelhante ao início da prova, com o objetivo de recuperar um pouco do tempo perdido (uns 30 min pelo menos) e passando pelo P3 logo em seguida.
Quarto Trecho - Recuperação e chegada
Imprimi um ritmo forte e fui ultrapassando vários competidores. Alguns tentaram me acompanhar, mas acabavam ficando para trás depois de um tempo. Um deles, que chegou a pedalar junto durante vários quilômetros, acabou tendo que ficar para trás devido à quebra de um dos pedais da bike. Este último trecho foi o mais tranquilo para se pedalar, a maior parte do percurso era bem plano e também tinha altos visuais. Um pouco antes de passar por São João Batista, ultrapassei o biker amigo que me emprestou a câmara e continuei pedalando forte. A próxima cidade já era Nova Trento, só que a ansiedade do término, a distância para o Santuário de Madre Paulina e a subida final, fizeram parecer que a distância era muito maior!
Rampa íngreme na chegada |
Ainda consegui ultrapassar dois competidores, antes de chegar à escalada final: uma íngreme rampa, anterior à linha de chegada, fechando com chave de ouro o desafio dos 119 km desta excelente competição!
Completei o percurso após cerca de 5 hrs e 15 min de tempo gasto desde a saída de São José e ficando em 10o. na minha categoria. Foi uma verdadeira peregrinação ciclística pelos Caminhos da Fé!
Considerações Finais
Estátua de Madre Paulina |
- O Santuário é muito bonito e com um visual privilegiado! Quem não foi visitá-lo, certamente perdeu uma ótima oportunidade de conhecer um lindo monumento.
- O cenário de quase toda a competição é maravilhoso.
- A prova foi muito bem organizada. Um ponto a se melhorar para a próxima é o fornecimento de água durante a competição, especialmente entre o trecho 3 e o 4 que, diferente dos outros anteriores, não teve nenhum ponto de hidratação.
- Foi muito legal ver competidores chegando quase com o tempo estourando, vencendo este desafio.
- O organização está de parabéns! A prova foi Show de Bike!
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