segunda-feira, 15 de abril de 2013

Desafio dos Rochas - Relato


Foi a prova de MTB mais difícil que participei, como já havia previsto (veja nesta publicação).

Além das subidas intermináveis e das descidas muito técnicas, o nível dos bikers da elite foi motivo de elogios!


O Organização da Competição está de parabéns: conseguiu realizar um excelente evento para mais de 300 atletas, numa linda região e que agradou a todos os participantes através da infra-estrutura oferecida! Já havia competidor perguntando pela data do 2o. Desafio dos Rochas em 2014! :)



Famíla Rocha - Organizadora do Evento

Preparativos



Somente quando fui pegar o Kit do Atleta, no sábado à tarde, no Pavilhão de Eventos em Pomerode, é que percebi que tinha me esquecido das caramanholas que seriam fundamentais para participar na competição no dia seguinte. Conversei com um dos organizadores e ele me tranquilizou dizendo que me disponibilizaria uma.

Por volta das 19:30 cheguei para o Congresso Técnico, onde várias dúvidas foram resolvidas e as recomendações foram passadas. Em função da chuva que havia caído no sábado, fomos alertados sobre as trilhas estarem bem escorregadias e barrentas (não achava que seria tanto quanto foi :). Pediram cuidado com as placas com a indicação de "Perigo".



Congresso Técnico
Após o Congresso, um ótimo jantar de massas e logo retornei para a pousada, para fazer  últimos ajustes, deixar o material e a roupa arrumados e tentar dormir pelo menos umas 8 horas, pois a prova seria bem cansativa.


Pré Largada

No domingo saí mais cedo para poder chegar ao local da largada a tempo de pegar a caramanhola e me tranquilizar, além de já sentir o clima e me posicionar bem, evitando largar muito atrás do pelotão. Mesmo estando um pouco frio, resolvi correr de camisa de mangas curtas e passei protetor solar: ainda bem, pois o sol já deu as caras logo no início.

Tinha certeza que a largada seria no mesmo local de busca do Kit e do Congresso. Terrível engano! Era no Teatro, ao lado do Zoo. Somente descobri após chegar pedalar até o Pavilhão de Eventos e lá ser informado por um vigia que me indicou o local correto. 


Pelo menos foram 5 Km pedalados (3 Km à mais em função do erro) que já me ajudaram a aquecer. 



Mais'Feras' juntas do que no Zoo que ficava ao lado de onde foi a largada :)

A organização me arrumou a caramanhola e aproveitei para enchê-la com repositor eletrolíco: um problema a menos!



Novidade: Filmagem da largada e de alguns pontos do percurso feita do alto!

Participação na competição


Posicionado na Primeira Fila

E foi dada a largada...
Consegui me alinhar na primeira fila. Após vários minutos de expectativa, às 8:05 hrs foi dada a largada. Saí pedalando junto com os primeiros e consegui me manter neste pelotão até a metade do primeiro morrão, quando preferi diminuir meu ritmo, pois ainda faltavam cerca de 92 km de prova.

Na primeira descida após o morrão inicial, na tentativa de buscar alguns bikers, soltei o freio e acabei entrando muito forte numa curva, onde, para não cair, subi num barranco. Conseguir controlar a magrela sem cair, mas parei para deixar passar o susto e logo recomecei a descer o morro.

Estava conseguindo manter um bom ritmo, até entrarmos na primeira trilha, na metade do segundo morrão, quando comecei, junto com outros, a empurrar a bike na lama subindo a trilha. Após uma subida  que parecia não terminar, começou o trecho de descida. Achei que seria mais tranquila. Infelizmente me enganei. A trilha estava muito escorregadia e, mesmo freando, a bike não parava, além de ficar deslizando de um lado para outro. Alguns começaram a descer da bike e empurrá-la trilha abaixo e eu resolvi fazer o mesmo.


Pelotão da Elite a caminho do primeiro morrão
O restante da corrida, para mim, foi semelhante a este primeiro morro: pedalava quando era estrada de terra e empurrava quando era trilha com lama, independente de ser subida ou descida.

Durante a prova, você acaba pedalando no ritmo de um ou mais competidores que está parecido com o seu. Em virtude das minhas empurradas trilha abaixo, esses competidores me deixavam para trás. Mas aí eu pedalava forte nos subidões e os ultrapassava, repetindo isto até o final.

Bikers no estradão durante a prova
Teve um biker que me acompanhou desde o final do segundo morrão. Também subia  forte e descia melhor do que eu, tendo que me esforçar para encontrá-lo no próximo morro. Até combinamos de nos inscrevermos como dupla no ano que vem. :) Foi ele que me alertou sobre um detalhe: após cada ponto de abastecimento, tem um morrão na sequência. A partir desde momento, toda vez que via a placa de abastecimento, ficava feliz e triste ao mesmo tempo: poderia reabastecer a caramanhola, comer uma fruta e recarregar as energias, mas teria um subidão logo depois! 


Ciclista Márcio May pedalando forte
Este biker também estava próximo quando case colidi com um carro. Estava no final de uma forte descida e tinha planejado entrar fechado na curva, abrindo na saída da mesma, quando um carro apareceu. Comecei a frear e a roda traseira foi na direção do carro. Soltei o freio, endireitei a bike e consegui passar raspando, bem próximo do farol dianteiro do motorista. Ele não acreditou que eu consegui escapar e reparou que o motorista em momento algum mudou a trajetória, para tentar evitar a colisão. Ainda bem que meu anjo da guarda é um Moutain Biker também! :)


Bikers chegando a um ponto de abastecimento
Forçar muito na subida começou a cobrar um preço: câimbras nas pernas. Normalmente na direita, às vezes nas duas simultaneamente, na parte interna da coxa. Resolvi não parar, mesmo com um dor que ardia muito. Esticava e também dava uns tapas na perna, o que fazia a dor parar temporariamente e voltava a pedalar mais forte.

Parei duas vezes em ponto de abastecimento e cheguei a reabastecer a caramanhola num dos riachos que atravessei. Água gelada e não muito límpida, mas matou minha sede e me ajudou bastante!


Após a últida forte descida, veio a parte final: subidinhas e descidinhas. Um outro biker se aproximou e fizemos um trio. Mesmo com os 3 reclamando de cãimbras, conseguimos manter um bom ritmo e cruzarmos a linha de chegada após quase 6 horas de pedalada, exaustos, mas felizes!

A bike estava que era lama só. 

Recebemos as medalhas de participação e fomos nos hidratar e comer frutas. Eu e minha 'dupla virtual' combinamos uma parceria para o ano que vem. Após um merecido descanso, terminou minha particição no Desafio dos Rochas!

Rainha e Princesas de Pomerode na recepção aos atletas e na premiação

Ainda aconteceram as premiações dos 3 melhores de cada categoria que foram bem prestigiadas!


Feras sendo premiadas!


Missão dada, Missão cumprida! Pedalei!


Resumindo
Satisfação do biker prestes a cruzar
a linha de chegada
  • Largada na primeira fila e acompanhando a elite até a metade do primeiro morro,
  • Escapei numa curva, na primeira descida forte, subindo num barranco e quase caindo,
  • Muitas subidas interminavéis (vide gráfico de altimetria abaixo);
  • Descidas muito técnicas e cheias de lama (cheguei a empurrar a bike ladeira abaixo em situações de muita lama e que quase me derrubaram da bike);
  • Por pouco não trombei de frente, no meio de uma curva no final de uma descida, com um carro;
  • Cãimbras (às vezes em uma só perna, mas também nas duas simultaneamente);
  • Dores nas costas;
  • Percurso de 97 Km;
  • Sol forte e castigante;
  • Pulso esquerdo extremamente dolorido em função do guidão bater nele;
  • Ótimos postos de abastecimento, seguidos por subidas terríveis.
  • Ótima Sinalização (placas fornecidas pela Free Force).

Excelente competição de MTB, com nível técnico alto e percurso dfícil, além de competidores de elite e ótima organização!

Segue o Certificado que foi motivo de orgulho! :)



Comentário do Campeão do Desafio

Com a palavra, o campeão:

O Desafio dos Rochas foi um verdadeiro desafio de Mountain Bike, além da longa Quilometragem (100km) o trajeto foi cheio de subidas e serras duras e recheado de trilhas técnicas que trouxeram um gosto a mais para quem curte o verdadeiro mountain bike.
O dia e o clima estavam perfeitos, o que contribui para uma bela competição.... Gostaria de destacar a excelente marcação do circuito e os vários pontos de apoio da organização, com certeza fizeram muita diferença para todos os atletas.”, afirmou Ricardo Pscheidt.


Frase da competição


"Bons garotos vão para o céu, Mountain Bikers à qualquer lugar.


Altimetria Percurso PRÓ
Mídia

Galeria de Fotos


Vídeos

Os vídeos abaixo mostram como a elite pedala forte, exibindo pouco mais dos 35 minutos iniciais da competição.


Vídeo da Largada e do primeiro morro



Segunda parte - Após o primeiro morro

   

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